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quarta-feira, 19 de março de 2014

PAPO DE GATEIRA: PIF - Peritonite Infecciosa Felina

Muitos leitores do Blog Blogateira, me enviaram mensagens para falar mais sobre a PIF - Peritonite Infecciosa Felina. 
Fui no portal Medicina Felina (que eu adoro!), e encontrei uma matéria completa. Vem ver! 

Peritonite é um processo inflamatório de uma membrana que reveste por dentro a cavidade abdominal, chamada peritônio.
A peritonite infecciosa felina, mais conhecida pela sigla PIF, é uma doença causada pelo coronavírus entérico felino e foi diagnosticada pela primeira vez na década de 1950. É uma doença contagiosa e comum que afeta os gatinhos.
Gatos de todas as idades podem se infectar pelo vírus da PIF, mas a maior incidência ocorre nos animais com menos de dois anos. Não há predisposição sexual, ou seja, machos e fêmeas são acometidos igualmente. Gatos com o sistema imunológico debilitado por causa de outras doenças, como a leucemia viral felina (FeLV) e a imunodeficiência viral felina (FIV) são mais predispostos a desenvolver PIF.

TRANSMISSÃO:
A transmissão da PIF ocorre através da ingestão do coronavírus presente nas fezes de gatos contaminados. Pode ocorrer transmissão da mãe para os filhotes durante a gestação ou amamentação. Locais com grande concentração de gatos, como gatis ou abrigos, são propícios para a transmissão do vírus, que, apesar de serem sensíveis a desinfetantes comuns, podem permanecer intactos por semanas no ambiente úmido.

SINTOMAS:
Existem duas formas de PIF, a forma efusiva e a não efusiva, e são determinadas pelo tipo de resposta imunológica que cada gato irá desenvolver. Alguns gatos podem desenvolver as duas formas.
Os sinais clínicos de ambas as formas podem levar de dias a semanas para aparecer e são considerados não específicos, sendo eles: febre, anorexia, perda de peso, diarreia e desidratação.
Na PIF efusiva (úmida) ocorre um processo inflamatório nos vasos e consequentemente um acúmulo de líquido na região do abdômen e/ou do tórax. Os gatos com essa forma apresentam febre não responsiva aos tratamentos com antibióticos e um aumento do volume abdominal decorrente do acúmulo de líquido nesta região.
A PIF não efusiva (seca) é caracterizada pela formação de granulomas e necrose em diversos órgãos abdominais, torácicos, sistema nervoso central (SNC) e olhos. Granuloma é uma estrutura microscópica composta por diversas células que englobam o agente causador, aqui no caso o coronavírus, na tentativa de conter a disseminação da doença. Os sintomas ocorrem de acordo com o local acometido, portanto podem variar desde mucosas amareladas, quando o fígado é acometido, até mesmo cegueira, quando os granulomas se desenvolvem nos olhos. Tosse pode ocorrer se o gatinho desenvolver pneumonia.
Quando o SNC é acometido o gato apresenta alterações neurológicas, como dificuldade de locomoção, tremores, incontinência fecal e urinária, mudança de comportamento e até mesmo convulsões. Nestes casos o prognóstico é ruim.

DIAGNÓSTICO:
Para fechar o diagnóstico o veterinário se baseia na história dos animais e nos sinais clínicos. Os exames de laboratório auxiliam o diagnóstico, como exames de sangue, ultrassom, testes sorológicos e de DNA, mas o diagnóstico definitivo só pode ser feito por biópsia ou necropsia.

TRATAMENTO:
Infelizmente a PIF não tem cura e o tratamento é paliativo, baseando-se no uso de anti-inflamatórios em altas doses, quimioterápicos e antibióticos para evitar infecções secundárias. Estudos com drogas antivirais e imunomoduladores estão sendo realizados na tentativa de minimizar os efeitos adversos da PIF.

PREVENÇÃO:
A prevenção da PIF pode ser um desafio. Numa casa com um ou mais gatos diagnosticados com o coronavírus não é recomendado a introdução de um novo filhote. Caso haja interesse em adotar um novo gatinho, dê preferência para os adultos.
Mantenha a caixinha de areia sempre limpa e esvazie-a e limpe por completo pelo menos uma vez por semana, já que a principal forma de transmissão se dá pelas fezes contaminadas.
A vacinação contra PIF não é recomendada, pois não apresenta resultados positivos na prevenção da doença e mesmo assim não está disponível no Brasil.

Dra. Laila Massad Ribas.

E claro, qualquer dúvida em relação a saúde e comportamento do seu animal de estimação, consulte um veterinário.
→ Fonte: Medicina Felina.

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